domingo, 19 de setembro de 2010

VENDO O SOM


Produção de um video arte para a disciplina de Tecnologias Contemporaneas na Escola III

VENDO O SOM

domingo, 5 de setembro de 2010

Programas de Humor - são mesmo engraçados?



Assisti a dois programas nesta semana, “A Grande Família” e “Casseta e Planeta”, ambos exibidos na Rede Globo.
A Grande família é um programa bem familiar mesmo, e o público é também a família: é um programa fácil de assistir, para a família mesmo.  Aquele que você assiste, dá risada mais com o desempenho do ator do que com a história, e que você senta para assistir e não se preocupa com as crianças ficarem circulando, assistindo ou brincando por perto. Nenhuma grande surpresa pode acontecer a qualquer momento que te deixaria incomodado, ou envergonhado, ou constrangido. A temática são problemas relacionados ao dia-a-dia da família complicada,com a qual muitos de nós na vida real nos identificamos de alguma maneira, seja por um dos filhos que não trabalha, é um marmanjo que assiste TV o dia todo, ou por um cunhado que é enrolador, por um vizinho problemático, por questões simples de relacionamento entre o casal, e é claro que isso capta a atenção e segura o telespectador na poltrona. Chego a pensar que tem menos linguagem dúbia do que em alguns programas de humor focados em público infantil(programa do Didi, assisti só um pedacinho hoje).
No caso de Casseta e Planeta o público em foco é o adulto. A piada neste momento tem conotação política, e é possível enxergar mais situações como as propostas no questionário que utilizamos para guiar nosso interesse assistindo ao programa. Quanto a “valores”, no caso da Grande Familia, há valores familiares embutidos, como a questão da proteção da mãe com os filhos, o pai é definitivamente o arrimo da família financeiramente, a mãe faz alguns serviços para ajudar, a vizinha quer não aparece mais, antes era “cabeleireira”, o que trás a mulher como sempre tendo trabalhos que tem a ver com estética, ou que a deixem próxima ao lar, como a própria filha, que é manicure. Subentende-se que as pessoas são católicas.
No Casseta, valores quase não enxerguei. Muitas caricaturas - todas elas - pejorativas. A não ser caracterizar os políticos, e a política em si como enganadora e composta por um bando de gente que só pensa em ficar rico à custa do povo. A diversidade também é mostrada de maneira jocosa, e o mundo é feito de caricaturas.  A mulher é retratada como ou cheia de qualidades físicas, ou exatamente o contrário, sendo que as bonitas são burras ou ignorantes, as feias ricas são inteligentes e as feias pobres (porque não há bonitas pobres) são feias e burras, ignorantes, mal arrumadas e sofridas. Os mendigos são bêbedos, e de maneira geral pessoas indignas. Faz-se sátira de absolutamente tudo que está acontecendo no mundo, como a questão dos mineiros, que tão séria, transforma-se em piada num trocadilho.
       A influência que enxergo sobre nós, tem a ver com levar tudo na brincadeira, o programa “dá corda” para tudo isso, neste caso os dois programas. Nada parece sério, e para tudo se dá um jeito, e isso fica sendo martelado em nossas cabeças, e assim vive o brasileiro.
            Se eu fosse roteirista, faria a Grande Família como é, mas faria as mulheres melhores do que são ali, pois isso tem acontecido hoje em dia, e tiraria Casseta e Planeta do ar - programa de mal gosto sem pé nem cabeça.

Agostinho - Fonte: www.globo.com/agrandefamilia


A Grande Familia Fonte: www.globo.com/agrandefamilia

Casseta e Planeta: "Mineiros" presos na mina - alusão ao acidente no Chile fonte: www.globo.com/casseta
Mendigo do Casseta e Planeta fonte:www.globo.com/casseta




Fotonovela

Tarefa do Grupo de Artes Visuais da Universidade de Brasilia
Assista um dia no nosso pólo... é exatamente assim:







Criamos a historia demaneira rápida, pois todos moramos longe, e só teríamos dois sábados para criar a historia e transformá-la na fotonovela. Naverdade, deveríamos sair do pólo com tudo quase pronto, deixando apenas a edição para o responsável.
A idéia começou a surgir baseada na propria dificuldade que temos de nos encontrar e por vezes ter que realizar tarefas em um dia. E pensamos em colocar imagens dos cães que “moram” no prédio do Pólo, que sempre nos recebem muito bem, a cada um de nós. Dois cachorros de grande porte, vira-latas muito bonzinhos. 
Entao pensamos em um dos cães nos receber como sempre fazem na portaria, pensar alguma coisa sobre nós, nós recebermos a noticia que deveriamos entregar a tarefa praticamente no dia, trabalharmos na tarefa, e finalizarmos também com o cãozinho.
O maior problema encontrado acredito foi dirigir os cães. Só um deles se manifestou. A cadela estava muito desconfortável com a câmera. O cão foi mais facil de dirigir, mesmo assim, exigiu de nós umas bolachinhas.
Pedimos apoio para uma das colegas de outro grupo, para uma participação especial como “professora” e partimos para fotos na biblioteca, onde ficamos trabalhando no storyboard.
O Anderson, nosso integrante masculino, completamente avesso as fotos, ficou com parte da fotografia, e trabalhou na edição com software apropriado.
Nós, trabalhamos no roteiro e também storyboard, na montagem das falas.
Na semana seguinte, nos reencontramos no pólo, com a tarefa praticamente pronta, só restando a ficha técnica e o relatório final.
Foi uma boa experiência em grupo, divertida e com variações que nos permitiram interagir em coisas que cada um poderia fazer melhor um pouco do que o outro, contribuindo para a aprovação do resultado final.


abraços!

domingo, 29 de agosto de 2010

Resenha Critica: O SHOW DE TRUMAN

Diversos temas passeiam pela cabeça de quem assiste  O Show de Trumam, e, na verdade persistem mesmo depois de terminar o filme.
          Talvez o mais importante deles seja o fenômeno da mídia, explorando a vida das pessoas, ligado à questão da privacidade, por meio de um reality show, ou seja na manipulação dos sentimentos das pessoas dentro e fora da tela, seguido de diversos temas secundários que elevam o filme para mais do que um drama comum. Truman Burbank,(Jim Carey) deu um tom inesperado e desesperado à trama, onde aos poucos vai descobrindo sua vida existir em um mundo irreal, e pior do que isso, toda a manipulação cruel e egoísta que há por trás dele. A família irreal junto os amigos irreais, o trabalho, enfim, de repente se transformam nos piores vilões de uma vida que foi sempre manipulada e controlada para nunca se ter problemas, e nos sentimos incomodados por que esse é só um fio da meada.
           A manipulação que acontece por meio de uma rede de TV, num programa acompanhado 24 horas no ar, por 30 anos seguidos, chega ao ponto de “matar” personagens (o “pai” de Truman, por exemplo) para provocar sentimentos e reações em Truman, que o prendam ao espaço em que vive e o mantenha seguro ali. E é a partir desse momento que muitos de nós vamos além do que o público que assiste, e que não é nada inocente. Começamos a nos questionar sobre as emoções dos atores que contracenam com Truman, no meu caso, principalmente em Marlon (Noah Emmerich), que cresceu como ator no show, e em quem Truman mais confiava.
            Mas ainda mais peculiar é a obsessão de Christofer (Ed Haris), em que enxergo mais do que apenas interesse financeiro. Há um sentimento de posse, de poder, de necessidade de estar no controle, mesmo quando a própria direção da emissora ordena que se pare tudo.
           
O toque de Truman (Jim Carrey)
O toque de Chistopher ( Ed Harris)
           Na vida real, quem não quer estar no controle, pelo menos de sua própria vida? Por mais que achemos que vivemos num mundo diferente do de “Truman”, há sempre uma manipulação midiática, um controle entrelinhas, do qual não nos damos conta. Talvez esse filme deva ser visto inúmeras vezes. Talvez devêssemos nos lembrar dele quando assistimos aos ‘reality shows’ produzidos na nossa vida real, visto que Truman é um drama fictício.  Enfim, o que é real?

domingo, 22 de agosto de 2010

Ver ou Não Ver - A Decisão

Decidir sobre a Televisão é algo bastante complicado.
O que pode, o que não pode? O que deve, o que não deve? O que é preciso, o que é extremamente necessário?
Talvez a decisão mais difícil seja deixar seu filho em frente à TV enquanto você trabalha ou simplesmente enquanto prepara o almoço.
Fazer as decisões quando você já é maduro parece ser fácil, mas não é. Infelizmente a TV não é apenas babá das crianças – é dos adultos também. Mesmo para os entre  nós que se acham competentes para a utilização dela, há armadilhas, preparadas cuidadosamente de acordo com cada desejo, curiosidade, vontade. O mais grave é trocar a companhia da família pela da televisão, o mais lamentável. Mesmo quando se assiste “junto” não se está junto. Há um grito por silencio a cada nova idéia, afinal não se pode perder essas coisas tão importantes. E as crianças ficam fadadas a assistiram com os pais, quando queriam era ser assistidos.
Mas pode ser pior – e é.
Hoje, as crianças tem televisões nos seus quartos, e elas decidem sozinhas que botão apertar e em qual canal parar. E o pai ou a mãe estão ocupados demais, cada um com sua TV, com a novela e o jogo.
Mas afinal, que mal que tem? Deixar que isso seja entendido de forma desequilibrada como autonomia. Só se for a autonomia do macaco. E olha lá, que ofendemos o macaco.
Minha maior preocupação é com o que acontece com nossas cabeças no final do dia, quando já não temos forças mentais para nada, e nos pomos a ver, ver, ver, ver, e não pensar nada.
Questões como a necessidade social, a importância da TV na globalização nos fazem repensar a crítica: pensando bem, que mal que tem?
Será que estamos prontos para a TV?
Ela está pronta para nós, saída do forno.
Fonte: Imagens de internet